quarta-feira, 17 de abril de 2024

18 de abril: Dia do Espiritismo


Recuando no tempo exatamente 167 anos, vamos nos imaginar passeando pelas ruas de Paris, numa bela manhã de sábado, ensolarada e florida, com os ares agradáveis da primavera europeia. Agora, adentrando o Palais-Royal (importante centro comercial e cultural da época), percorrendo suas galerias repletas de lojas, finalmente nos deparamos com um surpreendente lançamento exposto bem na porta da livraria do Sr.  Édouard Dentu, localizada na Galeria d'Orléans, n° 13: e lá estava a novíssima obra: Le Livre des Esprits, no original em francês; para nós, em português O Livro dos Espíritos. Desde então todo 18 de abril é lembrada como a data de inauguração da Doutrina Espírita, ou Espiritismo.

Palais-Royal, em Paris.

Galerias do Palais-Royal

Livraria Dentu, no n° 13 da a Galeria d'Orléans

Édouard Dentu, primeiro editor de O Livro dos Espíritos

Allan Kardec, autor de O Livro dos Espíritos


Novíssima edição traduzida

Portanto, nós temos esta data como a do aniversário do Espiritismo, e a festejamos com muita alegria e reverência a todos aqueles — encarnados e desencarnados — que contribuíram para que essa luz extraordinária viesse até nós. No plano terreno, não há como não render homenagens a Allan Kardec e a sua esposa Amélie Gabrielle Boudet; das hostes celestiais, a elaboração desta campanha em prol da evolução da humanidade há de ter tido inúmeros Espíritos missionários engajados, mas principalmente podemos citar os nomes daqueles que assinaram os Prolegômenos do livro:

SÃO JOÃO EVANGELISTA, SANTO AGOSTINHO, SÃO VICENTE DE PAULO, SÃO LUÍS, O ESPÍRITO DE VERDADE, SÓCRATES, PLATÃO, FÉNELON, FRANKLIN, SWEDENBORG etc.

E vale a pena relembrar a exortação que precede estas assinaturas:

“Lembra-te de que os Bons Espíritos não auxiliam senão aos que servem a Deus com humildade e desinteresse, e que repudiam todo aquele que busca na senda do céu um degrau para conquistar as coisas da Terra; eles se afastam do orgulhoso e do ambicioso. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus; este é um véu lançado sobre as claridades celestes, e Deus não pode servir-se do cego para fazer a luz compreensível.”

O Livro dos Espíritos
, Allan Kardec
'Prolegômenos'

Neste dia solene, vamos todos nos unir em oração para que esta luz toque mais corações e console mais mentes, e então o reino de Deus estará mais perto de ser implantado na Terra, para nossa felicidade.

Viva o Espiritismo!

terça-feira, 16 de abril de 2024

160 anos "O Evangelho segundo o Espiritismo", por Paulo Neto



Ainda em ritmo de festividade pelos 160 anos do lançamento de O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, continuamos a nossa série de artigos especiais sob este propósito, envolvendo a participação de grandes divulgadores do Espiritismo no Brasil e no exterior.

O texto de hoje vem da Minas Gerais, da autoria do nosso confrade a amigo Paulo Neto, de Belo Horizonte, grande pesquisador e divulgador do Espiritismo, que vem contribuir conosco com interessantes aspectos históricos da obra, por exemplo, o nome original do livro, nome esse, aliás, que deu o que falar!

Confira abaixo!


Da Imitação ao Evangelho de Jesus
Paulo Neto

Allan Kardec (1804-1869), o insigne Codificador do Espiritismo, no mês de abril de 1864, anuncia aos assinantes da Revista Espírita e ao público em geral que já se encontrava à venda a obra Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo. Pouco tempo depois, esclarece que “Por efeito de reiteradas observações do Sr. Didier [editor gráfico] e de algumas outras pessoas, mudei o título para O Evangelho Segundo o Espiritismo.”

Na data de 9 agosto de 1863 ainda trabalhava na obra, dialogando com um Espírito, que supomos ser Erasto, quando lhe foi dito: “Esse livro de doutrina terá considerável influência, pois que explanas questões capitais, e não só o mundo religioso encontrará nele as máximas que lhe são necessárias, como também a vida prática das nações haurirá dele instruções excelentes. Fizeste bem enfrentando as questões de alta moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos. […].”

Em maio 1864, o Espírito de Verdade, em uma mensagem ocorrida na cidade de Bordeaux, diz “Acaba de aparecer um novo livro; é uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha.” Portanto, o objetivo de O Evangelho Segundo o Espiritismo é iluminar o nosso caminho evolutivo, quando nos incentiva a preocupar com as questões morais dos ensinos do Cristo, única forma de atingirmos à condição de Espíritos puros, meta a que todos nós estamos sujeitos.

Na sua Introdução, Allan Kardec deixa bem claro que o teor dessa obra está voltado para a moral pregada por Cristo, deixando de fora as questões controvérsias que frutificam do dogmatismo.

Certa feita, ocorreu-nos de comparar o teor de O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE) com o Sermão da Montanha (SM): a) o ESE contém 28 capítulos, dos quais 20 comentam versículos do SM, e b) O SM, cap. 5, 6 e 7 de Mateus, contém 111 versículos, destes 95 são mencionados no ESE. Assim, em resumo temos que 71% dos capítulos do ESE tratam do SM, e tomando-se como parâmetro os versículos do SM, 86% constam do ESE. Achamos isso fantástico, pois julgamos que toda a moral de Jesus se encontra justamente no Sermão da Montanha.

Se o objetivo principal do Espiritismo é a renovação da Humanidade, então O Evangelho Segundo o Espiritismo é de importância fundamental, razão pela qual devemos estudá-lo a fundo, para que possamos bem compreender o ensino moral do Mestre de Nazaré e assim termos condições de colocá-lo em prática, modo pelo qual faremos com que as “asas de anjo”, que todos nós temos, se resplandeçam.

Paulo Neto

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Lembrando que a obra O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec está disponível livremente disponível para download na nossa Sala de Leitura.


Veja aqui os artigos anteriores da série especial 160 anos do lançamento de O Evangelho segundo o Espiritismo.

Continue conosco e acompanhe os próximos artigos da série.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

160 anos "O Evangelho segundo o Espiritismo", por Elsa Rossi

Tivemos ontem mais um aniversário de lançamento de O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, aliás, uma marca redonda; 160 anos do "mais completo código moral da História", na definição do nosso irmão Jorge Hessen, que abriu a série de artigos especiais preparada pela equipe Luz Espírita, envolvendo a participação de grandes divulgadores do Espiritismo no Brasil e no exterior.

Hoje, em continuidade a esta série, trazemos o depoimento de nossa amiga Elsa Rossi, paranaense, com destacado trabalho no Brasil e na Inglaterra, junto à União Britânica de Sociedades Espíritas - British Union of Spiritist Societies (BUSS). Ela salienta o caráter de luminosidade desta obra kardequiana, no sentido de clarear o entendimento quanto aos verdadeiros valores espirituais, e ainda conclui sua composição com em tom poético, fazendo da versificação um acróstico com a palavra EVANGELHO.

Confira abaixo!


160 anos de Luz
Elsa Rossi


Amigos e amigas queridos e queridas.

Destaco em nossa escrita, alguns pontos de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que, sei, também atrai o olhar e atenção de muitos. 160 anos de luz.

O prefácio do Evangelho Segundo o Espiritismo, ditado pelo Espírito de Verdade, livro organizado por Allan Kardec, é composto por parágrafos com um conhecimento de mil páginas. Destaco aqui, o que se encontra na contracapa do meu exemplar, publicado pela editora CELD do  Rio de Janeiro:

"As grandes vozes do Céu ressoam como som do clarim, e os coros dos anjos se reúnem. Homens, nós vos convidamos para o divino concerto; que vossas mãos peguem a lira; que vossas vozes se unam, e que em um hino sagrado, elas se propaguem e vibrem em toda a extensão do Universo."

Neste meu exemplar, traduzido por Albertina Escudeiro Sêco, na sua 5ª. edição, publicada em 2010, fica claro o conteúdo:

"Contendo a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação nas diversas situações da vida."

Lemos ainda na folha de rosto:

"Não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade."

Sendo o Evangelho a Boa Nova trazida por Jesus, e colocada ao público com as explicações dos Espíritos que compõem a Codificação, é também um livro de psicologia de vida. Deveríamos todos nós, termos uma cópia do evangelho de bolso, em nossas bolsas, ter uma cópia no porta luvas do carro, aos que se utilizam dessa locomoção, facilitar encontrar cópia dentro de casa, como faz minha amiga: Ela coloca um exemplar do Evangelho em todos os quartos, além do permanente ao alcance das mãos, na sala.

Nos momentos de nossas dificuldades, abri-lo ao acaso, ou estudá-lo sequencialmente, nos trará o lenitivo do entendimento porque sofremos, e a conexão com a Espiritualidade, a oração, a leitura, nos ajuda a prosseguirmos.

160 deste livro luz. Somente podemos agradecer à Espiritualidade que, como discípulos de Jesus, continuam sem descanso, a cuidar deste rebanho imenso que é a humanidade, para que não caiamos nos abismos e não nos percamos.

Está mais do que na hora de colocarmos o entendimento da filosofia espírita, da psicologia espírita em nossas vidas, sem que isso nos impeça de darmos continuidade à frequência em nossos templos religiosos.

Felizes dos que seguem a Jesus e a sua moral dos Universos.

Ave Cristo!


Ele chegou num momento especial, trazendo a nova lei do perdão  

Viajou muito para encarnar na matéria, se fez o líder da paz  

Auxiliando a humanidade sem rumo a entender qual caminho seguir, a 

Navegar por novas eras do espírito imortal. 
 
Ganhou adeptos, arrebanhou corações, fez milagres, deu a outra face 

Elevando o conhecimento em cada um, o não revidar, sem vinganças, só amar 

Lavando almas de iniquidades e dor, presos a matéria, da miséria e da riqueza 

Há flores no caminho com Jesus, há espinhos sem sua presença 

Onde quer que estejamos, a mesma lei do Amor, fertiliza nossos espíritos imortais por séculos e séculos, idas e vindas.

Elsa Rossi

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Lembrando que a obra O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec está disponível livremente disponível para download na nossa Sala de Leitura.


Se você não viu, confira aqui o primeiro artigo da série especial 160 anos do lançamento de O Evangelho segundo o Espiritismo.

Continue conosco e acompanhe os próximos artigos da série.

160 anos do lançamento de "O Evangelho segundo o Espiritismo" de Allan Kardec


Este 15 de abril de 2024 marca os 160 anos do lançamento de O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, obra fenomenal que já transformou a vida de tanta gente, iluminando as mentes e consolando os corações com sua mensagem de fé, esperança e amor. Por ocasião desta data festiva, inauguramos aqui uma série especial de artigos e matérias diversos a respeito deste livro, contando com a participação de grandes divulgadores espíritas do nosso tempo.

Vamos começar com o tocante artigo do nosso confrade Jorge Hessen, de Brasília-DF, cujo título já defina com uma precisão cirúrgica a força do livro em questão:

O Evangelho Segundo o Espiritismo é conjunto do mais completo código moral da História

Jesus, durante milênios, enviou seus enviados para ensinar povos, raças e civilizações com informações e princípios da lei natural. Além disso, há dois mil anos, veio diretamente ratificar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade.

No fluxo histórico das civilizações em todos os tempos houve missionários, fundadores de Religião, filósofos, Espíritos Superiores que aqui encarnaram, trazendo novos conhecimentos sobre as Leis Divinas ou Naturais com a finalidade de fazer progredir os homens.

Entretanto, por mais admiráveis que tenham sido suas missões, nenhum se iguala ao Cristo. Até mesmo porque (como dissemos) todos eles estiveram a serviço do Mestre Incomparável, o Modelo e Guia e Diretor Espiritual deste majestosíssimo planeta.

Segundo o Espírito Humberto de Campos, o Sublime Galileu escolheu um Mentor para ser o zelador dos patrimônios imortais que organizam a “Terra do Cruzeiro”.  Portanto, Jesus transplantou para o Brasil a árvore da misericórdia informando ao seu escolhido que “na pátria dos meus ensinamentos, o Espiritismo será o Cristianismo revivido na sua primitiva pureza. Sem as ideologias de separatividade, e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz.” (1)]

Naturalmente podemos interpretar Brasil como símbolo do coração do homem de bem em qualquer espaço geográfico do planeta. Porém, não deve causar estranheza o significado do título “Brasil , Pátria do Evangelho”. Óbvio que esta expressão não reduz a missão do Espiritismo para uma dimensão geográfica, eliminando-lhe a sua universalidade.

Igualmente, há dois mil anos, Jesus, quando preferiu o povo Hebreu para levar a efeito as suas divinas lições à Humanidade, ao indicar um espaço geográfico para divulgação do Evangelho, não reduziu a Sua mensagem à Palestina. Mas por que fez essa escolha?

Em verdade, naquela época “os israelitas haviam conquistado muito, do Alto, em matéria de fé [monoteísmo], sendo justo que se lhes exigisse um grau correspondente de compreensão, em matéria de humildade e de amor” (2) Sob essa perspectiva igualmente O Evangelho Segundo o Espiritismo ganhou enorme importância no Brasil e abona sem dúvida a incumbência do País na categoria de “Pátria do Evangelho”.

Reflitamos como surgiu o projeto do terceiro livro da Codificação, O Evangelho Segundo o Espiritismo. Há 160 anos foi um desafio para Kardec organizar, no meu ponto de vista, o conjunto do mais completo código moral da história “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Não foi tarefa simples selecionar, estruturar e interpretar as narrativas dos livros canônicos, valendo-se dos argumentos de uma Nova Revelação. Narra-se que Kardec precisou ficar recolhido na sua residência na Ville Ségur por alguns dias. Até que em agosto de 1863, recolhido em seu domicílio, recebeu “mensagens”, sobretudo do Espírito de Verdade alertando-lhe sobre a repercussão que o livro causaria, não só nas hostes teológicas, mas também  entre as nações.

Seria o edifício sob a qual todas as religiões poderiam abrigar-se. (3) Logo a seguir o Codificador deliberou publicar o livro “Imitation de L’Évangile selon le Spiritisme”, lançado em Paris em abril de 1864. O Evangelho Segundo o Espiritismo (4) foi dividido em cinco partes, a saber, análise dos atos comuns da vida do Cristo; dos milagres; das profecias; das palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas teológicos e do ensino moral.

Sobre este último tema, o sacerdote druida aclara que o ensino moral jamais foi motivo de disputas teológicas (sopesando o sermão da montanha e as parábolas), razão pelo qual estrutura os alicerces básicos do terceiro livro da Codificação.

Lembra o ínclito filho de Lyon que muitos admiram o apelo moral dos compêndios canônicos, porém poucas pessoas a conhecem profundamente, e menos ainda a compreendem e ou sabem tirar-lhe as consequências.  E para agravar a situação, os escritores de renome, os poetas, os literatos trataram os códigos de moral, entretanto abordaram o assunto “evangélico” através de estilo rebuscado tirando-lhe a simplicidade primitiva, desnaturando o seu encanto e autenticidade.

O Codificador afastou-se do aspecto cronológico das narrativas dos evangelistas, optando por agrupar, distribuir e transcrever metodicamente conforme a sua natureza, de maneira a que umas procedessem das outras, tanto quanto possível, visando a melhor compreensão das lições do Senhor da Galileia.

Diversas citações dos evangelistas são ininteligíveis, e muitas parecem sem nexo, por ausência de uma vinculação que dê o seu verdadeiro sentido.  Essa conexão o Codificador oferece nos 28 capítulos da obra, com base nas transcrições dos quatros evangelistas, seguidos de explicações e persuasivas análises do próprio Codificador, reforçados pelas instruções complementares (mensagens mediúnicas) psicografadas em vários países (5) por vários médiuns, ditadas e assinadas por Espíritos de respeitáveis personagens da história do cristianismo

Entre os vários Espíritos que colaboraram com suas instruções estão os padres educadores Lacordaire e Lamenais, Fénelon (escritor, político, orador, educador e arcebispo de Cambrai), Santo Agostinho (Bispo de Hipona e pai da Igreja Latina), São Luís (um dos reis da França na época das cruzadas), Paulo Apóstolo, Erasto (discípulo de São Paulo), François Nicolas Madelaine (Cardeal Marlot), Sansão, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, Adolfo (Bispo de Alger), João (Bispo de Bordeaux), Vianney (Cura de Ars), Emmanuel, São Vicente de Paulo, Cáritas, Pascal (geômetra, físico, filósofo, e escritor), Irmã Rosália, Enri Eine, Elizabeth de França, Delphine de Girardin, François de Genève, Lázaro, Hahnemann, Simeão, Dufêtre (Bispo de Nevers), Jules Olivier, Michel, Monod, uma rainha de França, entre outros, além do Espírito de Verdade, que para muitos se não é o próprio Cristo, certamente é uma plêiade de sublimes procuradores do além que agiram com a permissão direta do Governador da Terra.

Kardec contextualiza o significado de muitas palavras empregadas com frequência nas narrativas bíblicas, a fim de facilitar a compreensão do verdadeiro sentido de certas máximas do Cristo, bem como a parte histórica sobre os usos e costumes da sociedade judaica dos tempos apostólicos e, por fim, insere o resumo da Doutrina de Sócrates e Platão demonstrando a concordância doutrinária desses precursores do Cristo

Cumpre, portanto não perdermos de vista a total vinculação do Espiritismo com os ensinos de Jesus. Ele que administra o globo terrestre.

Cada palavra que o Mestre plasmou na atmosfera terrena dirige-se a todos nós, ontem, hoje e sempre, independente de onde possamos estar ou o quer que façamos.

Um dos mandamentos inesquecíveis do Príncipe da Paz está contido no Sermão da Montanha. Nessa belíssima lauda, avaliada por Mahatma Gandhi como a mais pura essência do cristianismo, o “Iluminado da Índia” disse que se um cataclismo extinguisse toda a sabedoria humana, com todos os seus livros e bibliotecas, se restasse apenas o Sermão da Montanha, as gerações futuras teriam nele toda a beleza e sabedoria necessárias para a vida.

Jesus foi, é e sempre será a síntese da Ciência, da Filosofia e da Religião.

A Doutrina dos Espíritos coloca O Evangelho Segundo o Espiritismo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, sem contudo abdicar do aspecto sensível da emoção que é colocado na sua expressão profunda, demonstrando que o sentimento e a razão podem e devem caminhar juntos, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do homem.


Notas e referências bibliográficas:

(1) XAVIER, F. C. Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (pelo Espírito Humberto de Campos) 11 ed, Rio de Janeiro, FEB, 1977.

(2) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, ditado pelo espírito Emmanuel, cap. 7, RJ: Ed FEB, 1999.

(3) Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro Ségur, 9 de agosto de 1863  Médium: Sr d’A…) Imitação do Evangelho 22ª edição, pp 307-310 FEB, 1987

(4) A 3ª edição, revista, corrigida e modificada foi publicada em 1866.

(5) A melhor garantia de que um princípio é a expressão da verdade se encontra em ser ensinado e revelado por diferentes Espíritos, com o concurso de médiuns diversos, desconhecidos uns dos outros e em lugares vários, e em ser, ao demais, confirmado pela razão e sancionado pela adesão do maior número (definição contida em O Livro dos Médiuns).


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Lembrando que a obra O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec está disponível livremente disponível para download na nossa Sala de Leitura.


Continue conosco e acompanhe as próximas publicações desta serie especial sobre os 160 anos do lançamento de O Evangelho segundo o Espiritismo.

sábado, 13 de abril de 2024

Atualização de "O Livro dos Médiuns"


Fizemos, no comecinho do mês de fevereiro deste ano, o lançamento da novíssima tradução de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, publicada com o sela da Luz Espírita, tradução de Ery Lopes (Veja postagem aqui).

Na ocasião, frisamos o desejo do tradutor de deixar em aberto a revisão da obra, no sentido contar com a colaboração de quem se interessar, e puder, com necessárias correções e outras possíveis melhorias. Ao mesmo tempo, um dos nossos confrades espíritas se dedicava a fazer uma revisão apurada da obra, como igualmente havia feito para a nossa tradução de O Livro dos Espíritos (Ver aqui); este revisor dedicado é José Nunes Pereira Sobrinho, de Campo Grande - MT, já conhecido de todos que acompanham nossos trabalhos devido obras suas publicadas aqui, por exemplo, seu último livro: Espíritos, a influência oculta (Ver aqui).

Portanto, anunciamos aqui a mais recente atualização de O Livro dos Médiuns, contendo importantes correções e outras melhorias.


Então, quem já tiver feito o download, favor substituir por esta nova edição atualizada.

Além disso, agora está disponível, além da versão no formato PDF, o ebook em EPUB.

Clique aqui para ler online ou fazer o download do livro.

Finalmente, Lembrando a todos que queiram se aprofundar nesta obra extraordinária que está em andamento o curso online "KLM - Estudo de O Livro dos Médiuns", disponível na PEADE.

E, como não nos cansamos de dizer, todos os cursos da nossa Plataforma de Estudos Online da Doutrina Espírita - PEADE, assim como tudo o que nós produzimos com o sela da Luz Espírita é completamente gratuito; não cobramos mensalidade, não vendemos nenhum produto, não pedimos doações, enfim, não trabalhamos com dinheiro ou qualquer tipo de negociação.

Clique aqui para mais informações e inscrições para a PEADE.

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Apesar do dedicado trabalho de revisão já realizado, a obra continua aberta para receber novas contribuições e você também pode ajudar nas melhorias da obra. Caso encontre algum problema linguístico na tradução, informe-nos, por gentileza, e assim vamos produzindo um melhor resultado, tudo em favor da nossa amada Doutrina Espírita.

Live Especial com Sergio Schickler e seu projeto para uma plataforma de estudos integrados


Participe conosco da Live Especial do canal Luz Espírita no YouTube, marcada para esta quarta-feira, 17 de abril, às 15h (horário de Brasília), pela qual Ery Lopes receberá nosso confrade kardecista Sergio Schickler (EUA), que então vai compartilhar conosco um projeto multimídia de sua autoria e que visa integrar diversos fontes de informações úteis para o estudo do Espiritismo. 

Não deixe de conferir esta novidade!

Programe-se:
Quarta-feira, 17 de abril
15h (horário de Brasília)
Pelo Canal Luz Espírita no YouTube.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

"Perispírito", novo verbete da Enciclopédia Espírita Online

A nossa Enciclopédia Espírita Online acaba de receber uma atualização com o reforço do verbete sobre um dos elementos doutrinários mais importantes para compreensão do Espiritismo: "Perispírito", aquilo que Allan Kardec chamou de "a chave para os antigos mistérios da fenomenologia mediúnica", lição que nenhum espírita deve pular, e que deve ser estudada com toda a dedicação e carinho.

Confira a sinopse do verbete:

Perispírito é o envoltório fluídico do Espírito, espécie de corpo espiritual, inerente a todos os indivíduos e que, para os encarnados, serve como o liame, o laço que une o organismo físico e a alma (Espírito), também cumprindo aí o papel de órgão sensitivo pelo qual a consciência espiritual recebe as impressões físicas, além de ser o agente transmissor pelo qual o Espírito comanda os movimentos corporais. Diz-se que sua natureza é semimaterial por ser constituída de uma substância muito sutil em relação ao que atualmente conhecemos como matéria, mas ainda assim é uma forma material, com propriedades especiais que permite ao Espírito (o ser desencarnado), dentre outras coisas, produzir fenômenos físicos e se manifestar na nossa dimensão terrena, razão pela qual Allan Kardec o descreve como “a chave para a solução de muitos mistérios antigos”, especialmente no campo da mediunidade. Sua composição vem da combinação do fluido cósmico universal com certos materiais próprios do mundo ao qual o Espírito está vinculado, cuja substância é mais ou menos sutil, ágil e expansiva conforme o estágio evolutivo do indivíduo, passando por um processo de depuração na medida em que o Espírito progride intelectual e moralmente. A tradição espiritualista oferece diferentes nomes (corpo astral, corpo etéreo, psicossoma etc.) e diversas concepções para o que em Espiritismo é chamado simplesmente de perispírito. Uma das teorias espiritualistas é a de que ele seria composto de camadas corporais específicas (algumas doutrinas falam em até sete corpos); uma concepção igualmente bastante popularizada no espiritualismo oriental é a de que o perispírito é dotado de centros de forças, ou chacras (chakras), que haurem, concentram e canalizam energias que transitam entre as dimensões física e espiritual dos seres. Na codificação espírita, encontramos um valoroso roteiro da constituição, das funções e das propriedades perispirituais.

Representação gráfica do perispírito

Para corresponder a toda essa importância que o perispírito tem para a Doutrina Espírita, o novo verbete foi preparado a partir de uma laboriosa pesquisa, junto às melhores referências doutrinárias, a começar — claro — pela obra kardequiana.

Confira a lista de tópicos do novo verbete:

  • Etimologia de perispírito
  • Contexto histórico e aplicação do conceito
  • Tessitura perispiritual
  • Funções
  • Propriedades
  • Perispírito e mediunidade
  • Perispírito e obsessão
  • Teoria dos sete corpos
  • Aura perispiritual
  • Veja também
  • Referências

Então, não perca tempo e aprecie agora mesmo o apanhado da nossa pesquisa.

Clique aqui e acesse agora mesmo o verbete "Perispírito".